O Sindicato XXI decidiu, em plenário, levantar o pré-aviso de greve às horas extraordinárias no Terminal XXI de Sines, que deveria iniciar-se no próximo dia 6.
A decisão de não avançar com a greve no terminal de contentores de Sines decorre de uma reunião realizada ontem, segunda-feira, com representantes da PSA / Laborsines, que se prolongou por cerca de seis horas e que foi considerada “construtiva” pelo sindicato.
Em comunicado emitido após o plenário de hoje, o Sindicato XXI sublinha que “Esta oportunidade de resolvermos as matérias, ainda está dentro do período temporal definido. O compromisso feito cara a cara pela Directora Nichola Silveira, pela Directora-Adjunta dos RH Carla Niza, e pelo OPS Manager, Miguel Varela, fizeram considerar a hipótese de fazer este “standby” [na greve].
“Recai nestes elementos e em nós, darmos o melhor para finalizar os tópicos em cima da mesa, e devolver a normalidade ao Terminal”, acrescenta.
No texto, o Sindicato XXI reconhece “o elevado investimento que a empresa está a efectuar para o crescimento do terminal”, mas sublinha que “este deve ser acompanhado de uma aposta no seu maior activo, que são os trabalhadores”.
“O terminal pode estagnar sem os tão necessários volumes, mas sem os seus trabalhadores motivados e reconhecidos, também não irá atingir os seus objectivos na sua plenitude”, conclui.
O pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário no Terminal XXI foi anunciado na passada quinta-feira.
Entre os fundamentos invocados estavam “a iniciativa verbal declarada em reunião oficial, de não efectuar o pagamento da progressão salarial prevista no Acordo de 2019, assinado entre PSA/Laborsines, Sindicato XXI, APS e Governo” e “a implementação forçada e unilateral, de alteração do procedimento de rendição no posto de trabalho, constituindo uma interpretação enviesada a destituída de fundamento da cláusula 10, número 10, alínea a) do AE (Relativa a atraso na Rendição de Trabalho) que a nosso ver é feita de forma ilegal e violadora do AE”.
A imposição de cláusulas “ilegais”, “quebra de confiança”, “assédio moral sobre trabalhadores”, “pressão negativa e contínua sobre os trabalhadores” eram outras das razões alegadas pelo sindicato.