A Ordem dos Despachantes Oficiais está preocupada com as tarifas comerciais norte-americanas e aconselha as empresas a diversificar os seus mercados de exportação com maior previsibilidade e estabilidade.
“É crucial que as empresas portuguesas estejam preparadas para diversificar os seus mercados de exportação, nomeadamente pelos acordos de comércio livre da União Europeia com vários países, procurando alternativas que ofereçam maior previsibilidade e estabilidade”, afirmou o bastonário da Ordem dos Despachantes Oficiais, Mário Jorge, à “Lusa”.
No caso da União Europeia, as novas tarifas norte-americanas de 20% a produtos importados acrescem às de 25% sobre os sectores automóvel, aço e alumínio.
“Embora o impacto directo nas exportações portuguesas ainda não esteja totalmente quantificado, os sectores com uma exposição relevante ao mercado norte-americano poderão ser particularmente afectados”, apontou Mário Jorge.
Adicionalmente, a Ordem dos Despachantes alerta que as novas tarifas poderão desencadear medidas retaliatórias, aumentando a incerteza no comércio internacional e afetcando negativamente a economia global.
“Acreditamos que a escalada do proteccionismo não serve os interesses de nenhuma das partes envolvidas”, referiu o bastonário, considerando que “tratar parceiros comerciais como adversários é uma estratégia perigosa, que pode minar relações construídas ao longo de décadas”.