Enquanto o projecto de Lisboa não sai do papel, a DHL Express concluiu o investimento de oito milhões na plataforma que tem no aeroporto de Marselha-Provença. A Portela poderia funcionar como hub nas ligações a África mas no entretanto é Marselha que reforça no Magrebe.
O investimento da DHL Express em Marselha-Provença surgiu após o crescimento de 20% ali registado no tráfego de mercadorias entre 2014 e 2015. O hub tem agora mais do dobro da capacidade que tinha antes das obras. A superfície de armazenagem passou de 1 300 para 3 000 metros quadrados e o sistema de triagem totalmente automatizada pode, agora, seleccionar 5 500 pacotes por hora, contra 1 850 antes.
Ao mesmo tempo, a companhia lançou uma ligação a Argel (Argélia) para reforçar a sua posição no Norte de África. Assegurada por ATR 42 Cargo, a ligação tem quatro rotações semanais (de segunda a quinta-feira) e complementa a oferta da companhia entre o aeroporto francês e o Mediterrâneo, pois já tinha serviços para Malta e Tunísia.
O segundo hub da empresa em França – ou outro é no aeroporto Charles-de-Gaulle – tem, de acordo com o CEO da DHL Express France, Michel Akavi, um “papel determinante com o comércio com o Magrebe”.
Este aumento de capacidade vai, além disso, permitir que o centro da DHL Express no aeroporto marselhês apoie os hubs de Leipzig e Bruxelas.
A DHL Express mantém há anos negociações com a ANA para a criação de uma plataforma no aeroporto de Lisboa (a exemplo do realizado no Porto). Os responsáveis da operadora não escondem a intenção de apostar na capital como placa giratória para os tráfegos entre a Europa e África mas já avisaram que esse papel poderá ser assumido por outras localizações, nomeadamente Marselha.