A DHL Parcel prevê investir cerca de 100 milhões de euros na Península Ibérica até 2020, apostando na distribuição de encomendas comerciais para particulares.
“Está previsto um investimento de cerca de 100 milhões de euros na Península Ibérica até 2020, que envolve sobretudo as áreas de inovação, nomeadamente o desenvolvimento do serviço de distribuição de encomendas para particulares (B2C)”, afirmou à “Lusa” Jorge Oliveira, responsável pela unidade de negócios em Portugal.
A DHL Parcel Portugal iniciou a actividade a 1 de Janeiro. Jorge Oliveira faz um balanço “muito positivo”: “Estamos até melhor do que aquilo que estava previsto”.
“Este ano houve a consolidação do serviço de distribuição de encomendas comerciais que tínhamos para empresas (B2B), bem como a sua rentabilização”, afirmou, adiantando que estão agora a lançar a nível ibérico o negócio de encomendas comerciais para particulares e “já com alguma força” desde Outubro.
“É fundamental termos no negócio B2C [para particulares] todos os sistemas integrados com os nossos clientes”, disse o gestor.
Jorge Oliveira referiu ainda à “Lusa” que toda a parte de inovação será “um dos pontos fundamentais” na estratégia delineada, mas sê-lo-á sempre numa dimensão de desenvolvimento ibérica.
“Isto não quer dizer que seja tudo em Espanha. Algumas das áreas de comércio electrónico também serão desenvolvidas em Portugal, mas sempre em termos ibéricos”, salientou o gestor.
Falou ainda da necessidade de automatizar os terminais ou criar novos terminais automatizados e pensar noutras soluções tais como os terminais satélite que na Holanda e na Polónia, países que recentemente entraram para a DHL Parcel, também são utilizados.
Sobre Portugal, João Oliveira garantiu que têm de ser feitos investimentos nos três maiores terminais (Lisboa, Porto e Coimbra), pois entende que necessitam de intervenção e que têm de ser “automatizados, melhorar e crescer”.
“Logo a seguir a Madrid e Barcelona, os três terminais de Portugal são os que surgem como prioritários”, indicou o gestor.
Os envios de encomendas comerciais para empresas (B2B) por parte da DHL Parcel Portugal devem crescer acima dos 20% este ano, face a 2016, e, no que respeita ao B2B, a unidade de negócios terrestre espera estar no “top 3” em Portugal, a seguir aos CTT e à Chronopost.
A DHL Parcel Portugal iniciou este ano com 100 servicepoints (postos de serviço), passou para 740 e tem como objetivo chegar aos 900, sendo que espera atingir uma quota de mercado nacional no B2C de entre 2% e 3% no próximo ano.
A vergonha de a ANA/VINCI recusar ceder os terrenos no aeroporto de Lisboa para a DHL expandir o seu HUB continuam pelo 7º ano consecutivo, são dezenas de milhões de euros que Portugal vai perder para Espana, mais concretamente, a capital lusa para Madrid, claro.