O fim da aliança 2M, hoje anunciado para ter efeito em Janeiro de 2025, deixa a Maersk com pouco espaço de manobra, antecipa a Drewry.
Numa primeira reacção ao anúncio da Maersk e da MSC do fim da sua aliança, a Drewry considera que a Maersk fica numa posição mais difícil, uma vez que é grande de mais para integrar qualquer das duas outras alianças e pequena de mais para actuar sozinha.
Fleet and orderbook of alliance members (25 January 2023)

A consultora antecipa que a Maersk não poderá manter a sua oferta sem a 2M, pelo que deverá optar por acordos pontuais de partilha de capacidade, ou, no limite, enveredar por uma estratégia de crescimento da sua frota.
O divórcio hoje anunciado não surpreendeu, considera, dadas as diferentes estratégias seguidas pelos dois parceiros, traduzida até num crescente número de serviços isolados.
A Maersk parece querer apostar tudo na integração vertical do negócio mas, considera a Drewry partindo de testemunhos de carregadores, parece estar a sofrer uma crise de identidade.
E a MSC? Com uma frota em crescendo e sem o parceiro para a ajudar os navios, poderá avançar para acordos de partilha de capacidade, ou então, ou em complemento, apostar numa estratégia de conquista de quota de mercado pelo preço, alvitra a Drewry.
A consultora sugere mesmo que o fim da aliança terá sido desencadeado pela MSC, que se sentirá melhor preparada para viver sozinha.
Em aberto fica ainda a possibilidade de o fim da 2M ser seguido pelo desmembramento das outras alianças, sendo que a Ocean Alliance deverá durar até 2027 e a THE Alliance até 2030.