É altura de “chamar pelo nome e envergonhar os carregadores desonestos que ameaçam a segurança da cadeia de abastecimento”, avisa a Drewry, a propósito das cargas mal declaradas.
“É hora de chamar pelo nome e envergonhar os carregadores desonestos que ameaçam a segurança da cadeia de abastecimento. Se os governos não conseguirem ou não puderem fazer mais para ajudar nas verificações dos contentores, poderão pelo menos fornecer às companhias de transporte marítimo mais ferramentas para fazer isso por conta própria, como permitir alguma partilha de informações sobre criminosos habituais”, defende a Drewry.
A CINS (sigla inglesa para Sistema de Notificação de Incidentes de Carga), que integra 17 das maiores companhias de transporte marítimo de contentores do mundo, indica que quase 25% de todos os incidentes graves a bordo de navios porta-contentores são causados por cargas mal declaradas.
Devido a esta perigosa realidade, várias companhias de transporte marítimo de contentores propõem-se multar os carregadores que declarem mal as cargas.
A Evergreen comunicou aos clientes que qualquer omissão, ocultação ou erro de declaração de cargas perigosas que encontrar resultará numa coima de 35 mil dólares (31 500 euros) por contentor. A OOCL e a Maersk não especificaram quanto vão cobrar, enquanto a Hapag-Lloyd e a HMM anunciaram multas de 15 mil dólares (13 500 euros) por contentor mal declarado.
“É provável que mais companhias sigam o exemplo, mas, embora a ameaça de punição financeira possa ajudar a corrigir o comportamento dos carregadores menos intencionalmente negligentes, é pouco provável que mude a atitude daqueles que pretendem prevaricar”, salientam desde a Drewry.
A consultora indica que uma abordagem que poderia ajudar a erradicar as cargas mal declaradas seria a introdução de listas negras de carregadores, mas que as leis da concorrência actuais não o permitem.
“A maioria dos carregadores cumpridores da lei certamente aceitaria qualquer medida que ajudasse a reduzir o risco de que as suas cargas sejam atrasadas ou destruídas pela acção irresponsável de outros”, concluiu a Drewry.
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