A capacidade de transporte marítimo de contentores “reefer” vai continuar a aumentar nos próximos anos, ao passo que a frota especializada em transporte refrigerado continuará o seu declínio, prevê a Drewry.

No seu mais recente estudo anual “Reefer Shipping Market”, a consultora defende que a perda de quota do transporte especializado “é inevitável”, apesar de ainda ter, no presente, um papel importante no mercado.
Em 2015, os navios frigoríficos transportaram 23% da mercadoria refrigerada transportada por via marítima, apesar de representarem, segundo a Drewry, apenas 5% da capacidade total do mercado. (A capacidade actual da frota convencional refrigerada é, indica a consultora, de 231,9 milhões de pés cúbicos, contra os 4,2 mil milhões de pés cúbicos de mercadoria refrigerada que os porta-contentores podem transportar.)
A consultora sublinha,no entanto, que a quota do transporte especializado está a descer , desde 2010 e, em sentido contrário, a de contentores “reefer” nos navios está a subir.
Além disso, a idade média dos navios frigoríficos é de 26 anos e não há novos pedidos em carteira, o que contrasta com os 12 anos de média da frota de porta-contentores “reefer”, que conta com uma carteira de encomendas superior a 400 navios.
De acordo com os especialistas, esta tendência explica-se pelas inovações tecnológicas, além do interesse que os grandes operadores de transporte marítimo revelam pelo segmento. A Hapag-Lloyd, por exemplo, prevê receber em Outubro os primeiros de 5 700 contentores refrigerados com que ampliará a sua frota, já uma das maiores do mundo, segundo a companhia.