![Contos impopulares [i]](https://www.transportesenegocios.pt/wp-content/uploads/2022/02/Fernando-Grilo-1-1.jpg)
A DSV prepara-se para tomar de assalto a liderança mundial das empresas transitárias, assim concretize a compra da DB Schenker, que deverá estar consumada no segundo trimestre de 2025.
A DSV anunciou hoje o acordo para a compra de 100% da DB Schenker, o braço logístico da Deutsche Bahn, por 14,3 mil mil milhões de euros. O negócio fica agora à espera das aprovações do Conselho de Supervisão da Deutsche Bahn e do Ministério Federal Alemão para o Digital e Transporte, que são esperadas nas próximas semanas, e, claro, das autorizações das entidades de regulação da concorrência.
Fundada em 1976, com uma dezena de camiões, a DSV dará assim mais um salto de “gigante” (depois das compras da Uti, Panalpina e Agility), galgando posições no ranking mundial até ao primeiro lugar entre as empresas transitárias.
Numa base pro forma, a DSV e DB Schenker juntas tiveram em 2023 um volume de receitas de 39,2 mil milhões de euros, à frente da Kuehne+Nagel e da DHL Logistics.
De acordo com os dados compilados pela norte-americana Armstrong & Associates, a “nova” DSV ficará a par da K+N e da Sinotrans o negócio marítimo, com um total de 4,3 milhões de TEU, e liderará destacada na carga aérea, com perto de 2,5 milhões de toneladas métricas.
Mais, com a incorporação da DB Schenker, a DSV praticamente duplicará a sua área de plataformas logísticas, com um total de 17,5 milhões de metros quadrados, em 60 países. Mas, claro, deverá ocorrer alguma racionalização de activos.
O mesmo se diga para o número de trabalhadores, que atingirá os 147 mil, em 90 países, Nos planos da DSV estará a dispensa dentre 1 600 a 1 900 dos 15 mil trabalhadores da DB Schenker na Alemanha (e por isso os sindicatos preferiam a proposta de compra da CVC). Mas os responsáveis da companhia prometem que com o investimento anunciado de mil milhões de euros na Alemanha. num prazo de três a cinco anos, no final o número de funcionários até crescerá.
A venda da DB Schenker permitirá à Deutsche Bahn reduzir significativamente a sua dívida e investir no desenvolvimento do sistema de transportes germânico.
Já a DSV prevê financiar a compra com capitais próprios e dívida.
