A Allianz Trade, accionista da COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, prevê que a economia portuguesa cresça 1,3% em 2024 e apenas 1,8% (antes, 2,3%) em 2024.
Em relação à inflação em Portugal, as previsões da Allianz Trade sugerem um valor de 2,3% para este ano e 1,9% para 2025, números que ficam próximos da média da zona euro, que deverá registar uma inflação de 5,6% em 2024 e de 2,6% em 2025, encaminhando-se para o objetivo do Banco Central Europeu (BCE), que é uma inflação próxima dos 2%.
Num comunicado hoje divulgado, a Allianz Trade refere que também moderou as projecções a nível global, prevendo para as economias mais desenvolvidas um cenário de crescimento estável em torno de 1,6%, enquanto os mercados emergentes enfrentam uma desaceleração, com um crescimento previsto de aproximadamente 4%, menos 0,3 pontos percentuais do que anteriormente.
“Os economistas da Allianz estão cautelosos e destacam a ideia de que os bancos centrais deverão adoptar uma postura de flexibilização monetária na segunda metade de 2024”, refere o relatório, afirmando que “os analistas acreditam que deverá existir um cenário económico divergente, marcado por uma inflação mais reduzida e que os mercados financeiros vão continuar a ser influenciados por uma variedade de fatores geopolíticos e também de avanços na Inteligência Artificial”.
No relatório, os especialistas destacam “os desafios significativos para as empresas, com a possibilidade de existirem cortes de custos em alguns serviços”.
“A recuperação do comércio mundial poderá ser limitada pelo excesso de stock, enquanto as empresas enfrentam pressões de insolvência, especialmente nos Estados Unidos, Espanha e Holanda”, lê-se no relatório, que prevê ainda “um aumento de 9% das insolvências das empresas em 2024, com a maior parte desse aumento a ocorrer naqueles três países”.
O relatório destaca ainda “a importância da atenção aos movimentos dos bancos centrais, que podem ter implicações significativas nos mercados financeiros globais, e incentiva uma abordagem cautelosa e estratégica por parte dos investidores”.