A primeira lista de estaleiros comunitários aprovados pela União Europeia (UE) para o desmantelamento de navios é insuficiente para as necessidades, e por isso Bruxelas terá de acrescentar-lhe outros de países terceiros, avisa a Associação de Armadores da Comunidade Europeia (ECSA, em inglês).
Pelas contas da ECSA, os 18 estaleiros agora seleccionados pela UE serão capazes de reciclar não mais do que 30% da tonelagem abatida.
“Aproximadamente 150 porta-contentores foram enviados para reciclagem em 2016. A actual lista da UE apenas daria resposta a 16 dos navios de menor dimensão, tendo em conta as limitações dos estaleiros da UE em termos de comprimento e calado das embarcações. E isso apenas para um tipo de navios. Por isso, incentivamos fortemente a Comissão a alargar a lista a instalações não-comunitárias logo que possível”, afirma, citado pela assessoria de imprensa, o secretário-geral da ECSA, Patrick Verhoeven.
Na lista de 18 estaleiros elaborada por Bruxelas a Navalria é a única presença portuguesa.
A Comissão Europeia recebeu candidaturas de estaleiros de fora da UE para integrarem a lista de entidades acreditadas para o desmantelamento de navios. Bruxelas optou, porém, adiar uma decisão a propósito. Esses candidatos estão a ser avaliados e serão inspeccionados presencialmente ainda este ano.
A partir do segundo semestre do ano corrente, todos os navios que naveguem com pavilhão da União Europeia terão de ser, obrigtoriamente, desmantelados em instalações aprovadas por Bruxelas.