Já arrancaram as obras de alargamento do canal navegável do Douro junto à desembocadura do Tua, anunciou a APDL.
Os trabalhos de dragagem do leito do rio para fundos de -4,2 metros estão a ser feitos pela EDP, concessionária da nova barragem do Tua, ao abrigo de um acordo firmado entre a APDL e a eléctrica.
O investimento ronda os três milhões de euros.
A zona da foz do Tua constitui um dos principais estrangulamentos da via navegável do Douro. O problema está há muito identificado mas a solução não avançou antes pela complexidade dos trabalhos em causa (trata-se de retirar rocha do fundo do rio) e pelos custos associados.
Os trabalhos em curso deverão ficar concluídos já em Novembro próximo.
Esta é a primeira fase de um projecto que que prevê que o canal navegável do rio tenha, em toda a sua extensão, 4,2 metros de profundidade. A próxima fase de aprofundamento do canal será efectuada pela APDL entre Cotas e Valeira, uma intervenção a ser submetida a nova candidatura a fundos comunitários, no âmbito do projeto Douro’s Inland Waterway 2020, uma vez que a Declaração de Impacto Ambiental foi já emitida.
O projecto patrocinado pela APDL pretende que o Douro seja navegável 24 horas por dia, dentro de cinco anos. A via navegável do Douro integra a rede core da Rede Transeuropeia de Transportes.
No início de Julho, a APDL deu por garantido um canal navegável com fundos de -3,9 metros, desde a foz do Douro até as portos fluviais de Sardoura e Várzea, com isso permitindo o aumento da capacidade das embarcações, de 1700 para 2100 toneladas.
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