Gérman Efromovich será, tudo o indica, o novo dono da TAP. O caderno de encargos para a privatização foi hoje aprovado em Conselho de Ministros, e no final o secretário de Estado Sérgio Monteiro confirmou que apenas o Grupo Synergy passou à segunda fase de apresentação de propostas.
O caderno de encargos da privatização da TAP determina que o Estado ficará com o direito de preferência para recomprar as acções da transportadora aérea, caso o futuro dono entenda vendê-las depois de terminado o período de indisponibilidade.
O Estado pretende vender a companhia nacional a 100%, ficando 5% do capital reservados aos trabalhadores da empresa. O secretário de Estado dos Transportes recusou liminarmente a hipótese de os pilotos virem a deter 20%. Pelo contrário, todos os trabalhadores que estiverem no quadro da TAP há mais de três anos poderão candidatar-se à compra de acções. De fora ficarão os funcionários da TAP Engenharia e Manutenção e Brasil.
A proposta de compra apresentada por Gérman Efromovich assumirá a totalidade do passivo da TAP e ainda as operações de Engenharia e Manutenção no Brasil. O magnata sul-americano, que controla a Avianca, entre outras companhias aéreas, já disse ser sua intenção manter a marca e as operações da TAP.
O Governo pretende escolher o comprador da TAP até ao final do ano, embora assuma que o negócio só será formalizado em 2013-.
Desconhece-se ainda como será ultrapassada a regra europeia que limita a 49% a participação de não-comunitários no capital das companhias aéreas do Velho Continente.