As negociações para a entrada da Eithad no capital da Alitalia entraram “na fase final”, anunciaram as duas companhias. A Lufthansa já reagiu e pediu a intervenção da Comissão Europeia.
O comunicado emitido não adianta quaisquer detalhes sobre os possíveis contornos da operação, mas nos meios de comunicação internacionais fala-se que a companhia árabe poderá comprar até 40% da Alitalia, no âmbito de um aumento de capital social.
Quem não gostou da notícia foi a Lufthansa que, também em comunicado, disse recusar “ajudas repetidas bem como a nacionalização parcial de companhias aéreas europeias, independentemente do facto de isso ser feito por estados europeus ou outros, ou por empresas públicas fora da União Europeia”. A Eithad Airways é pertença do emir do Abu Dabi.
No comunicado, a Lufthansa pede, por isso, a intervenção da Comissão Europeia, em defesa das regras da concorrência.
A Alitalia precisa desesperadamente de dinheiro para se manter a voar, uma vez que perde cerca de 700 mil euros/dia. Em Dezembro passado tentou um aumento de capital, que foi “salvo” pelos Correios italianos, com 75 milhões de euros.
A Air France-KLM, que detinha 20% da companhia, não acompanhou a operação e deu por perdido o investimento inicial. Mas a companhia franco-holandesa é parceira da Eithad, com quem mantém um acordo de code-share, que ambas pretendem aprofundar.
É, por isso, possível, que a AF-KLM volte a interessar-se pela Alitalia.
A confirmar-se o negócio com a companhia italiana, a Eithad juntará mais um peça ao seu puzzle de participações minoritárias no sector à escala mundial, que já passa pela Alemanha (Air Berlin), Irlanda (Era Lingus), Sérvia (Air Serbia), Austrália (Virgin Austrália), Índia (Jet Airways) e Seichelles (Air Scheychelles).