O secretário-geral do Eixo Atlântico, Xoan Mao, defendeu hoje a necessidade de ligar a Galiza a Lisboa por Alta Velocidade, para o que o governo espanhol deve construir os 30 quilómetros que separam Vigo da fronteira portuguesa.
Do lado português, explicou o responsável, a modernização e electrificação da linha do Minho está em andamento para que “no final de 2018 ou no início de 2019” a ligação ferroviária por Alfa Pendular possa chegar a Valença, perto da fronteira com Espanha e com a cidade de Tui.
Contudo, do lado espanhol as linhas ferroviárias preparadas para a Alta Velocidade param em Vigo, impedindo uma ligação directa entre o norte da Galiza e cidades portuguesas como Porto, Lisboa e Faro, referiu o secretário-geral do organismo que agrega 38 municípios portugueses e galegos.
É precisamente para criar um corredor de ligação ferroviária em Alta Velocidade entre o norte da Galiza e Lisboa, que permita o trânsito dos Alfa Pendulares do lado espanhol, que o Eixo Atlântico pede agora sejam construídos os “30 quilómetros novos entre Vigo e a fronteira” portuguesa.
Tal ligação, entre Vigo e Tui, teria um custo já estimado em 450 milhões de euros que o Eixo Atlântico acredita poderem ser financiados pelas verbas do chamado “Plano Juncker” europeu, o que representaria um empréstimo sem juros pago em cerca de 25 anos.
Para Xoan Mao, a criação deste corredor de Alta Velocidade entre Portugal e a Galiza seria vantajoso não só para a eurorregião, mas também para várias cidades portuguesas que, a partir de Vigo, poderão chegar também em Alta Velocidade a pólos como Madrid ou o País Basco.
“A bola agora está no lado espanhol e nós estamos agora a dirigir todos os trabalhos ao governo espanhol para conseguir o compromisso desses 30 quilómetros novos”, disse.
Com Lusa