O consórcio formado pela Azvi, Tria e OGI anunciou ter concluído com sucesso a primeira fase de testes em condições reais de vagões equipados com eixos telescópicos.
A tecnologia permitirá circular indistintamente na bitola ibérica e na bitola europeia, o que possibilitará chegar além-Pirinéus sem necessidade de transferência de cargas na fronteira. Tal como já acontece nas composições de mercadorias.
A primeira fase de testes em condições reais, que se seguiu às provas em laboratório, ocorreu entre Agosto e Outubro. Nesse período, vagões com bitola ibérica percorreram 50 000 quilómetros entre as estações de Aranjuez e Cuenca e de Alcázar de San Juan e La Encina.
O próximo passo será a realização de testes com intercambiadores para a mudança de bitola, de ibérica para UIC e vice-versa.
O consórcio prevê concluir os testes na Primavera de 2018.
Os eixos telescópicos agora em teste baseiam-se no eixo OGI, que foi testado em Espanha, sob a supervisão da Renfe, nos anos 1970 e que passou os testes em banco e na bitola ibérica, mas que não pôde ser testado na bitola UIC porque Espanha ainda não a tinha e nenhum outro país aceitou receber os testes.
Os eixos telescópicos existem há muito nas composições de passageiros mas a sua aplicação ao transporte de mercadorias sempre foi considerada inviável por causa do peso sobre os eixos.
Talvez esta tecnologia salve Portugal de ficar 1 ilha ferroviária por não termos a bitola europeia era bom