O acordo celebrado na passada semana entre a Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a Transnet Freight Rail (TFR), da África do Sul , irá permitir ao Porto de Maputo receber um adicional de 800 000 toneladas de cromo e ferro cromo por ano.
O objeto do acordo irá permitir o transporte destes minérios em comboios das duas empresas, diretamente de Belfast, na África do Sul, para o Porto de Maputo sem necessidade de paragens para substituição de locomotivas.
Este novo modelo logístico irá permitir um incremento para 21 comboios semanais, em vez dos atuais 15, e um adicional de cerca de 800 000 toneladas por ano transportadas.
Segundo a publicação digital “Freight News”, com o novo modelo logístico acordado entre as duas empresas irá ocorrer uma redução de tempo de trânsito de cada viagem em cerca de 12 horas.
Este novo modelo logístico irá permitir um incremento para 21 comboios semanais, em vez dos atuais 15, e um adicional de cerca de 800 000 toneladas por ano transportadas.
Para além do novo modelo permitir retirar da circulação rodoviária cerca de 200 camiões por semana para o percurso de cerca de 330 quilómetros entre o local de expedição, na região de Mpumalanga, na Africa do Sul, e o porto de Maputo, há um notório desanuviamento de pressão sobre a muito congestionada fronteira de Lebombo / Ressano Garcia.
Um dos grandes beneficiados será o Porto de Maputo, que irá adicionar aos 22,3 milhões de toneladas manuseadas no ano de 2021 mais 800 000, garantindo no fim do atual ano mais um record de carga manuseada.
Este porto tem tido um desempenho de grande relevo na zona sul de Moçambique dado o nível de investimento em infraestruturas que tem feito nos últimos anos na reabilitação dos seus cais, expansão do terminal de ferros, e melhoramento da profundidade do canal de acesso ao porto de forma a poder receber navios com maior capacidade.
Recentemente os governos de Moçambique e da África do Sul acordaram na abertura da fronteira Lebombo / Ressano Garcia 24 horas por dia, em vez das atuais 14.
A África do Sul detém cerca de 70% das reservas totais de crómio do mundo, contribuindo com cerca de 83% das importações da China. A maioria destas reservas está localizada no complexo de “bushveld”, em torno de Rustenberg.
PEDRO MONJARDINO
Diretor Geral da Strategio Consulting