O avião a jacto E175-E2 da Embraer, o terceiro da família E-Jets E2, efectuou ontem o seu voo inaugural, descolando das instalações da empresa em São José dos Campos, São Paulo, Brasil.
A Embraer irá utilizar três aviões na campanha de certificação do E175-E2, sendo o primeiro e o segundo protótipos utilizados para testes aerodinâmicos, de desempenho e de sistemas e o terceiro protótipo para validar as tarefas de manutenção, indo ser equipado com interior.
O E175-E2 pode ser configurado com 80 assentos em duas classes ou até 90 em classe única, afirmando a empresa que permitirá economizar até 16% em combustível e 25% nos custos de manutenção por assento em comparação com o E175.
Entretanto, a Embraer está apostada em vender o seu “Profit Hunter”, o E195-E2, à angolana TAAG. O negócio, a concretizar-se, envolveria a venda de seis aparelhos, num valor de cerca de 225 milhões de euros, e também seria bom para Portugal, uma vez que as asas são fabricadas cá.
“As asas são manufacturadas em Portugal, onde também fazemos a manutenção e suporte técnico dos aviões para o mundo todo, na OGMA (…) Todo o negócio que a Embraer faz hoje no E2 gera mais negócios para as fábricas em Portugal”, destacou à “Lusa” Raul Villaron, vice-presidente Embraer Aviação Comercial para África e
Médio Oriente, em Luanda.
As empresas Embraer em Portugal exportam mais de 300 milhões de euros por ano e prevêem crescer para os 400 milhões em 2020, no conjunto das duas fábricas de Évora e da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, em Alverca.