Peter Murray Hill é o novo presidente da TAAG, de acordo com um decreto presidencial divulgado pela “Lusa”.
A escolha de Peter Murray Hill para liderar o conselho de administração da companhia aérea angolana decorre do acordo firmado com a Emirates para a gestão da TAAG.
Entre outras funções, Peter Hill foi presidente do conselho de administração da Sri Lankan Airlines, também sob gestão da Emirates (que detém 49% do capital social). Assume agora um mandato de cinco anos à frente da TAAG.
O novo conselho de administração da TAAG é constituído por nove elementos, dos quais cinco executivos, sendo apenas um angolano: Joaquim Teixeira da Cunha, que transitou do anterior elenco. Os outros administradores executivos foram também escolhidos pela Emirates.
O contrato de gestão assinado entre o governo angolano e a Emirates, lê-se no decreto de José Eduardo dos Santos, citado pela “Lusa”, prevê a introdução de uma “gestão profissional de nível internacional” na TAAG, a melhoria “substancial da qualidade do serviço prestado” e o saneamento financeiro da companhia angolana, que em 2014 registou prejuízos de 99 milhões de dólares (89 milhões de euros).
No âmbito do contrato, celebrado para o período 2015-2019, prevê-se dentro de cinco anos resultados operacionais positivos de 100 milhões de dólares.
O ministro dos Transportes de Angola, Augusto Tomás, traçou este mês o objetivo de a TAAG ultrapassar os 3,3 milhões de passageiros transportados anualmente a partir de 2019, com o reforço das ligações internacionais, nomeadamente para a Europa.
“Ao longo dos anos, a TAAG tem registado resultados negativos ao nível da sua exploração, de modo que prevê-se com este quadro a viragem de uma nova página”, disse o ministro, após a discussão deste plano para a companhia, que prevê chegar a uma frota de 21 aeronaves em 2019.
A formação de quadros angolanos no Dubai, na academia da Emirates, e a introdução de uma “gestão profissional de nível internacional” são objetivos deste contrato, que assenta na reestruturação financeira da TAAG, com a meta da facturação anual a passar de 700 milhões de dólares (628 milhões de euros) em 2014 para 2,3 mil milhões de dólares (dois mil milhões de euros) dentro de cinco anos.