Dois anos depois de ter sido pioneira na sua abolição, a Emirates SkyCargo volta a implementar a sobretaxa de combustível.
A nova sobretaxa aplica-se em toda a rede e para todos as cartas de porte. O novo mecanismo de sobretaxa de combustível é mais complexo do que a taxa fixa padrão anteriormente aplicada. A Emirates afirma que é mais flexível, incluindo uma componente diferenciada para vôos de curto, médio e longo curso, com base no peso taxável.
O mecanismo baseia-se no índice de combustível, calculado a partir do preço médio do combustível de aviação em cinco mercados-chave e com base no movimento global dos preços dos combustíveis ao longo de duas semanas.
“Isso reflectirá melhor a realidade e o impacto dos custos de combustíveis incorridos cada vez que há um movimento nos preços dos combustíveis”, refere um porta-voz da Emirates, citado pelo “The Loadstar”.
“Acreditamos que o novo mecanismo acabará por levar a uma representação mais precisa dos custos incorridos e que isso levará à transparência que esperamos entregar aos nossos clientes e carregadores”, salienta a mesma fonte.
ESC critica alteração
A opção da companhia é. todavia, criticada pelos clientes. “É um pouco descabido. Mal tivemos dois anos de tarifa ‘tudo incluído’ e já está a ser descartada porque os preços do petróleo estão a subir”, lamenta Rogier Spoel, responsável pelas políticas de carga aérea no Conselho Europeu de Carregadores (ESC, na sigla em inglês).
“Isso significa que as tarifas ‘tudo incluído’ só se aplicam durante os períodos de baixa económica?”, questiona.