Onze meses e 1,1 milhões de euros de prejuízos depois, a Empresa de Desenvolvimento do Aeroporto de Beja (EDAB) deverá ser extinta até ao final do corrente mês.
A decisão de liquidar a empresa foi tomada em 22 de Setembro do ano passado e ontem reafirmada pela assembleia geral de accionistas. À cautela, o prazo foi prorrogado até ao final de Outubro próximo.
Até ao final deste mês, o administrador liquidatário irá apurar o valor final do passivo da EDAB, disse à “Lusa”, referindo que, desde 22 de Setembro de 2011, quando foi aprovada a dissolução, a empresa, que devia ter sido liquidada até final do ano passado, acumulou 1,1 milhões de euros, resultado de 11 meses a somar cerca de 100 mil euros mensais de prejuízos.
Na assembleia geral de ontem também foi aprovada a orientação sobre a liquidação e a partilha do património da sociedade, o que permitirá aos accionistas que não pertencem ao Estado receberem o capital inicial que investiram na empresa, explicou o administrador liquidatário.
A EDAB, que foi criada em 2000 para construir o aeroporto de Beja, é detida em 82,5% pelo Estado. A Associação de Municípios detém 10% e a Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral outros 2,5%. Os restantes 5% estão divididos em partes iguais entre a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, a AICEP Global Parques e a Administração do Porto de Sines.
O aeroporto de Beja, resultado da adaptação da base aérea existente no local, custou 33 milhões de euros e está praticamente inactivo. A gestão é agora da responsabilidade da ANA.