Não há cortes nas despesas que travem a bola de neve do endividamento das empresas públicas de transportes, a avaliar pelos dados hoje tornados públicos.
No ano passado, a Refer, CP, Metro do Porto, Metro de Lisboa, STCP, Carris e Transtejo/Soflusa cortaram 167 milhões de euros no investimento, aplicando apenas 651 milhões de euros.
No mesmo exercício, os encargos financeiros com a dívida das empresas subiram 84 milhões de euros, atingindo os 611 milhões de euros.
Ou seja, ao longo do ano passado aquelas empresas públicas da área dos transportes gastaram quase tanto com o serviço da dívida como em investimentos na melhoria das condições operacionais e de prestação de serviços.
E no entanto a situação era, a 31 de Dezembro, pior do que em 1 de Janeiro de 2010. Ao longo do ano, o endividamento cresceu 859 milhões de euros, tendo atingido os 16,6 mil milhões de euros.
Os números não são ainda oficiais, até porque algumas das empresas não realizaram ainda as respectivas assembleias gerais para aprovação de contas. Mas os dados que faltavam foram apurados directamente pelo “JdN” junto do MOPTC, que tutela as empresas em causa.