A reduzida dimensão, a pouca especialização e a concorrência pelo preço são as principais debilidades das empresas transitárias portuguesas, de acordo com um estudo sobre o sector realizado pela DBK.
O mercado nacional das empresas transitárias terá atingido cerca de 1,4 mil milhões de euros no ano passado, estima a consultora. Relativamente a 2012, o crescimento do volume de negócios global terá crescido apenas cerca de 0,7%. Uma performance que contrasta com o crescimento mais acentuado do comércio externo português, em particular nas exportações.
A DBK assinala que o sector tem conhecido um “crescimento moderado” nos últimos anos, consequência da “evolução positiva do comércio exterior”, da “deslocalização da produção” e da “crescente externalização das actividade logísticas no tecido empresarial do país”.
A obstar a um maior aumento do volume de negócios da actividade está “a forte pressão sobre os preços motivada pela reduzida diferenciação do serviço e pela intensa concorrência entre os operadores”.
Causa e consequência deste estado de coisas é a atomização do sector. A DBK contabilizou 322 empresas transitárias a operar em Portugal. Dessas, cerca de 70% facturará anualmente “menos de cinco milhões de euros”. As cinco maiores controlam “uma quota de mercado conjunta ligeiramente superior a 20%” e as dez primeiras atingem os 36%.
O estudo da DBK assentou nos dados disponíveis sobre 40 empresas do sector, identificadas como líderes, entre elas multinacionais como a DB Schenker, a Kühne + Nagel, a DHL Express, a Dachser, a Damco, a UTi ou a Gefco, e nacionais como a Abreu Carga, Pinhos, Grupo Rangel, Grupo Garland, ETE Logística, Grupo Pinto Basto, Grupo Portline, Orey Shipping ou Grupo Lusocargo.