O entusiasmo por encomendas de navios esmoreceu após o pico de dez mil milhões de dólares (8,5 mil milhões de euros) atingido no primeiro trimestre de 2018, de acordo com um relatório da VesselsValue.
O valor actual da carteira de encomendas é mesmo o menor desde o início de 2016. O que até será bom. “A desaceleração nas novas encomendas é um sinal encorajador de que o excesso de pedidos pode não ser um problema significativo”, indica a consultora.
A VesselsValue explica que o aumento dos preços solicitados pelos estaleiros navais é responsável, em parte, pelo declínio nas novas encomendas. Preços de aço mais altos, forças de trabalho menores e menos disposição dos credores dos estaleiros para aceitarem margens baixas são outros dos factores realçados pela analista.
Alguns segmentos de navios têm uma grande carteira de encomendas pendentes, mas a maioria é compensada por um número igual de navios que está a navegar e cujo valor é equivalente ao que valeriam em caso de reciclagem. Se as encomendas permanecerem entre quatro mil e oito mil milhões de dólares até o final do ano, devem também suportar os valores dos activos dos navios mais novos, segundo a VesselsValue.
A consultora indica que os ventos contrários ao comércio global podem levar alguns armadores a optarem por uma pausa nos planos de renovação da frota, especialmente nos mercados de contentores e granéis sólidos. Desde a VesselsValeu realçam, porém, que a maioria dos segmentos dos mercados de transporte marítimo de mercadorias parece estar com tendência de melhoria.