Desde o início de 2014 foram encomendados 24 navios de cruzeiros, elevando o total de encomendas para 41 embarcações, com uma capacidade combinada para 120 664 passageiros, o que corresponde a 25% da actual frota mundial, de acordo com a Clarksons Research.
Só no segmento acima dos 3 000 passageiros, a carteira de encomendas equivale a 73% da frota. Desde o início de 2014, foram encomendadas 15 unidades.
A procura de navios de grandes dimensões está a ser particularmente sentida em 2015, com encomendas da Royal Caribbean e da Carnival, sublinha a consultora londrina.
Os dados revelam que, nos últimos 20 anos, houve três picos em que a procura superou 100 000 beliches: início de 2001, 2007-2008 e agora em 2015. Nos outros dois períodos de expansão, ao pico seguiu-se uma redução abrupta da procura.
Não se sabe o que pode acontecer agora. Os operadores têm, contudo, esperança que as encomendas se mantenham, devido ao crescimento do mercado chinês enquanto emissor de turistas (o número de turistas chineses em cruzeiros deve passar, pela primeira vez, a fasquia do milhão de euros em 2015) e de empresas.
“O sector dos cruzeiros parece estar de novo em rápida expansão. A questão desta vez é saber se o desenvolvimento de marcas chinesas, o lançamento de navios com design desenvolvido para a operação na China e os investimentos futuros em portos de cruzeiros chineses podem levar a uma fase mais sustentada do investimento em navios”, refere o comunicado da Clarksons Research.