As encomendas de navios deverão continuar em queda este ano e no próximo, começando a retomar de forma acentuada a partir de 2018, de acordo com um relatório da Clarkson Research Services.
De acordo com o relatório, este ano deverão registar-se apenas 586 encomendas de novos navios de todos os tipos, e 790 em 2017. Ao longo dos últimos 20 anos, a média anual de encomendas de navios à escala mundial foi de 2 200 embarcações.
A Clarksons prevê a encomenda de 1 300 navios em 2018, 1 667 em 2019 e 1 869 em 2020. Ainda assim, abaixo da média das duas últimas décadas.
A confirmarem-se estas previsões, o sector mundial da construção naval terá ainda mais um ano duro pela frente. E nem todos os estaleiros sobreviverão, pelo menos na forma e dimensão actuais.
Só na Coreia do Sul, uma potência mundial, os três maiores estaleiros (Hyundai Heavy Industries, Samsgung Heavy Industries e Daewoo Shipbuilding & Marine Engineering) estão mergulhados numa crise e registaram um prejuízo combinado de 8,5 biliões de won (6,8 mil milhões de euros). A crise global e o crescimento da concorrência chinesa são duas das razões para este cenário.
Mas também da China chegam notícias de sobrecapacidade instalada, de estaleiros sem navios para construir e de encerramento e reestruturação de empresas do sector.