A 1 de Maio, as encomendas de navios porta-contentores totalizavam um valor recorde de 7,5 milhões de TEU, assinalou a Braemar ACM.
Comparando com a capacidade da frota de porta-contentores em operação, as encomendas correspondem a cerca de 30%, acrescentou a consultora. Para encontrar uma tal proporção é preciso recuar a 2011, mas então a dimensão do sector era bastante diferente.
Tentando colocar as coisas em perspectiva, pode dizer-se que os 7,5 milhões de TEU de capacidade encomendados equivalem à soma das frotas actuais da COSCO, Hapag-Lloyd, Evergreen e ONE, respectivamente quarta, quinta, sexta e sétima maiores operadores do momento.
A dimensão da frota encomendada até não deverá ser caso de espanto se se verificar que só a MSC, número um mundial, tem encomendados 110 navios, com uma capacidade agregada de mais de 1,4 milhões de TEU (32,2% da sua frota).
Evidentemente, os novos navios não entrarão em operação ao mesmo tempo, e nem todos representarão um acréscimo de capacidafde.
A Braemar ACM estima para este ano um crescimento líquida da frota mundial de navios porta-contentores na casa dos 4%, acelerando para os 10% em 2023 e 2024. Em 2023, deverão entrar no mercado navios com cerca de 2,5 milhões de TEU (mais do que a Hapag-Lloyd) e no ano seguinte chegar-se mesmo aos três milhões de TEU (mais do que a COSCO).