A carteira de encomendas de porta-contentores superou a barreira dos nove milhões de TEU, um nível recorde, mas as entregas deverão demorar cada vez mais tempo, assinala a Alphaliner.
Apesar das incertezas que assolam o comércio mundial e, logo, o transporte marítimo de contentores, armadores e operadores de shipping de contentores não dão mostras de quererem abrandar as encomendas de novas unidades. Este mês, pela primeira vez, a carteira de encomendas atingiu os 9,1 milhões de TEU de capacidade de transporte.
No total, estarão contratados perto de 800 novos navios porta-contentores, número que compara com os 7 300 que compõem actualmente a frota mundial, com uma capacidade de transporte agregada de 31,9 milhões de TEU.
Muitos desses navios entrarão no mercado nos próximos anos, mas um terço só têm entregas programadas para lá de 2028.
Precisamente, o cada vez maior desfasamento temporal entre a encomenda dos navios e a sua entrega é uma das razões que ajuda a explicar a continuada “corrida” aos estaleiros para novas encomendas, sustenta a consultora.
Na verdade, muitos dos navios encomendados por antecipação só deverão ser entregues em 2029 ou 2023, isto é, num horizonte de cinco anos!
Os crescentes condicionalismos ambientais à operação dos navios é outro dos factores que continua a alimentar o apetite de armadores e operadores por novos navios, acrescenta a Alphaliner.
De acordo com a consultora, a MSC (2 milhões de TEU), a CMA CGM (1,6 milhões) e a Evergreen (803 mil TEU) têm as maiores carteiras de encomendas.