A Escola Superior Náutica Infante D. Henrique (ENIDH), assume-se como uma instituição de ensino superior público de referência para o setor da Economia Azul, procurando assegurar elevados padrões de qualidade da formação ministrada aos seus estudantes, de modo a que estes possam inserir-se com sucesso na sua futura atividade profissional com certificações marítimas reconhecidas a nível internacional.
A ENIDH orgulha-se também de possuir um dos mais elevados índices de empregabilidade dos seus diplomados a nível nacional (97%).
Atualmente, a ENIDH oferece os seguintes cursos superiores:
i ) Mestrados:
a. Engenharia de Máquinas Marítimas
b. Pilotagem
ii) Licenciaturas:
a. Engenharia de Máquinas Marítimas
b, Engenharia Eletrotécnica Marítima
c. Gestão de Transportes e Logística
d. Gestão Portuária
e. Pilotagem
iii) Cursos Técnicos Superiores Profissionais
a. Climatização e Refrigeração
b. Eletrónica e Automação naval
c. Manutenção Mecânica Naval
d. Redes e Sistemas Informáticos
A Escola submeteu em 2021 à Agência de Avaliação e Acreditação (A3ES) uma nova oferta formativa de licenciatura em Engenharia Informática e Computadores, estando a aguardar-se a decisão final da Agência sobre a respetiva acreditação.
…até ao eclodir da pandemia, a Escola tinha cerca de 100 estudantes internacionais, a que correspondia cerca de 13% do total da população escolar (800 alunos).
Ao nível da mobilidade Erasmus, a ENIDH tem um elevado número de protocolos firmados com instituições superiores de formação marítima no espaço europeu, nomeadamente de Espanha, França, Itália, Irlanda, Noruega, Polónia, Eslovénia, Croácia, Turquia e Roménia, entre outras. Estes acordos têm permitido realizar um número significativo de mobilidades de alunos, docentes e não docentes, e que apenas foi interrompido durante o período da pandemia.
Temos também em vigor um elevado número de protocolos de cooperação com países do espaço lusófono e da América do Sul, nomeadamente Panamá, Perú e Jamaica, entre outros.
Note-se que, até ao eclodir da pandemia, a Escola tinha cerca de 100 estudantes internacionais, a que correspondia cerca de 13% do total da população escolar (800 alunos).
Para além da sua atividade letiva regular, a ENIDH, disponibiliza à comunidade os seus recursos (docentes, laboratórios e simuladores marítimos) para a realização de trabalhos de pesquisa, desenvolvimento e investigação nas suas áreas de especialização. Por exemplo, temos simuladores de navegação extremamente avançados que possibilitam a realização de ensaios e testes com uma enorme variedade de navios. Também realizamos ações de formação conjunta com a Escola Naval, no âmbito das tecnologias de informação e comunicação com certificação CISCO. Para além destas atividades, a ENIDH realiza anualmente um elevado número de ações de formação de curta duração conducentes a certificação marítima, para revalidação de competências profissionais. A ENIDH tem também disponibilizado cursos de formação e de atualização para alunos e docentes estrangeiros que necessitam de competências marítimas para trabalhar e progredir nas suas carreiras.
A ENIDH dispõe de um Centro de Investigação e Desenvolvimento (CID) ao qual estão afetos os docentes da Escola. O CID apoia a implementação dos projetos submetidos e aprovados. Presentemente, estão a decorrer os seguintes projetos:
i) “eSHIP – Transição Digital no Transporte Marítimo”, financiado pelo Programa EEA Grants 2014-2021 – Programa Crescimento Azul.
ii) SMARTSEA – “Aplicação da tecnologia IoT aos Sistemas Marítimos”, financiado pelo Programa ERASMUS+.
iii) “MarineSIM – Formação para cursos marítimos” – Projeto de aquisição de simuladores marítimos, financiado pelo Programa EEA Grants 2014-2021 – Programa Crescimento Azul. Este projeto tem como parceiros as universidades norueguesas NTNU – Norwegian University of Science and Technology e USN – University of South-Eastern Norway.
iv) “Sea2Future – Unmanned surface marine vehicle” de propulsão elétrica. Projeto desenvolvido pela Escola com a participação multidisciplinar de docentes e alunos dos cursos de engenharia de Máquinas Marítimas e Engenharia Eletrotécnica Marítima da ENIDH e que atualmente já envolve também a colaboração de alunos de mestrado de outras instituições de ensino superior (IST e ISEL). O projeto é financiado por diversas empresas ligadas ao setor marítimo-portuário.
v) Projeto MoniTraffic. Financiado pelo Fundo Azul, em consórcio com o Instituto Superior Técnico (IST).
vi) Projeto SeaSafer, financiado do Programa ERASMUS KA2 em associação com diversas instituições do espaço europeu.
vii) Projeto AT-Virtual, financiado pelo Programa INTEREG em associação com diversas instituições do espaço europeu.
A Escola tem atualmente diversos projetos de investigação submetidos, estando a aguardar decisão acerca da sua aprovação.
O Clube de Robótica tem como objetivo envolver professores e estudantes em áreas de investigação aplicada e científica. Esta iniciativa tem sido agregadora de várias valências técnicas e científicas no âmbito das áreas de especialização da ENIDH, tendo também contribuído de forma muito significativa para atrair os estudantes para atividades de investigação aplicada e científica. Um bom exemplo do interesse em acompanhar os novos desafios tecnológicos na área marítima, é o projeto Sea2future que tem como objetivo desenvolver uma embarcação com propulsão elétrica e totalmente autónoma. Neste momento, já está construído um modelo que foi testado com sucesso na piscina da ENIDH. Deste modo, a Escola procura manter-se na vanguarda do desenvolvimento tecnológico e inovação no setor.
As ações a desenvolver futuramente, passam naturalmente pela preservação do elemento marinho, diminuindo drasticamente a poluição provocada pelos navios. Para tal, é necessário apostar fortemente na descarbonização do transporte marítimo e melhorar as condições de transporte marítimo de modo a evitar acidentes no mar. A ENIDH está atenta a estes temas e para além da sua participação no espaço expositivo da Conferência dos Oceanos, está já a participar em projetos com outras instituições, que visam contribuir para um transporte marítimo mais sustentável.
LUÍS FILIPE BAPTISTA