O MSC Joanna, um navio da MSC, terá sido o primeiro a ser detido por transportar combustível com elevado teor de enxofre não estando equipado com um scrubber.
O navio da MSC foi controlado pelas autoridades dos Emirados Árabes Unidos (EAU), que encontraram a bordo 700 toneladas de combustível “pesado” HFO, banido desde o passado 1 de Março em navios que não disponham de scrubbers. Em consequência, o MSC Joanna não poderá navegar nas águas dos EAU durante um ano, e o capitão da embarcação não poderá voltar nunca.
No passado dia 1 entrou em vigor a proibição, determinada pela IMO, de transporte de HFO, combustível com um teor de enxofre acima dos 0,5% permitidos desde 1 de Janeiro. Só o podem fazer navios equipados com filtros de partículas, os scrubbers. A verificação do cumprimento das novas regras depende das autoridades de Port State Control de cada país.
Até ao momento, a MSC não comentou o incidente. A companhia helvética é uma das defensoras do recurso aos filtros para continuar a operar com HFO, prevendo-se que venha a reconverter metade da sua frota de cerca de 570 navios.
Facto é que a instalação dos filtros, que deveria tomar cerca de três semanas, está, na prática, a demorar muito mais em todos os estaleiros envolvidos, obrigando todos os armadores a manterem mais navios mais tempo inactivos. No caso da MSC, e segundo os media internacionais, o recorde será actualmente do MSC Erica, de 19 mil TEU, que já soma 175 dias de imobilização.
Precisamente, o atraso na reconversão do MSC Joanna e uma qualquer necessidade de o colocar de novo a operar ainda sem scrubber poderá estar na origem do incidente agora reportado.