A ligação ferroviária de Alta Velocidade para mercadorias entre Aveiro e Salamanca é “uma prioridade estratégica”, estando a ser estudado o melhor traçado, garante o agora presidente da EP/Refer.
“O corredor Aveiro/Vilar Formoso é um investimento absolutamente estratégico, que consta do Plano Estratégico de Transportes e Infraestruturas (PETI) e estamos a repensar ao pormenor essa intervenção”, disse António Ramalho, na visita que fez a Aveiro, a propósito da electrificação da linha entre o porto e a plataforma de Cacia.
António Ramalho explicou que, do ponto de vista da internacionalização de mercadorias por via ferroviária, a prioridade é a entrada simultânea por Vilar Formoso e Badajoz.
“As intervenções que temos de fazer sobre a linha férrea até Espanha ainda estão em estudo e a configuração será como um Pi (símbolo matemático) deitado”, disse, referindo que há pormenores ainda a ter em conta, como “a concordância da Linha do Norte com a da Beira Alta e o movimento da plataforma intermodal de Cacia”.
Quanto ao traçado da linha de Alta Velocidade, António Ramalho afirmou que “o conceito será sempre de ligação de Aveiro a Vilar Formoso”, havendo na Linha da Beira Alta zonas que serão “100% aproveitáveis” e outras terão que ser alteradas.
“Ainda estamos a fazer uma análise muito precisa para saber qual é o traçado ideal, que vai ter de responder a dois objetivos claros: assegurar que os grandes centros de desenvolvimento ficam ligados entre si, e onde os custos e o retorno do benefício obtido levem a concluir ser a melhor opção, porque hoje o Acordo de Parceria com a União Europeia é particularmente exigente na relação custo/benefício e [o investimento] será feito com fundos comunitários”, explicou.
Segundo observou, a A25 é um dos principais eixos do tráfego de mercadorias (37% do tráfego junto à fronteira) e “isso significa que há alguma fraqueza do ponto de vista das respostas ferroviárias” que justificam a prioridade.
Quanto à electrificação do ramal do porto de Aveiro, o presidente da EP/Refer justificou que foi feito um investimento significativo na construção do ramal (56,8 milhões de euros), que só fica completo com a electrificação (1,7 milhões de euros).
“Encaramos o porto de Aveiro como uma solução de exportação integrada em que a ferrovia, a rodovia e a actividade portuária tenham capacidade para beneficiar as empresas”, disse.
Em 2014, pelo ramal ferroviário circularam 2 550 comboios, estimando-se que tenha permitido retirar da estrada 20 mil a 25 mil camiões.
É incrivel como os jornalistas estão de tal forma desatualizados e fora da realidade em 2015, lembro que todos, repito todos os combiois de alta velocidade que foram sonhados pelo Sócrates estão enterrados, quer no transporte de passageiros quer de mercadorias, em Vilar Formoso e no Caia passarão apenas comboios de veleocidade normal, vejam se aprendem para sempre