O grupo de trabalho encarregue de estudar as alternativas de localização do aeroporto complementar à Portela deverá entregar o seu relatório até ao final do mês. A decisão do Governo deverá ser conhecida em Maio.
Sobre a mesa estão as opções de Sintra, Montijo, Alverca, Monte Real e Beja, todas bases militares, ainda que Beja tenha sido já adaptada para as operações civis. O campo de tiro de Alcochete, para onde chegou a estar previsto o NAL, será ainda outra hipótese.
Precisamente, o bastonário da Ordem dos Engenheiros e ex-presidente do LNEC defendeu há idas a opção por Alcochete, por ter já todos os planos prontos, por ser uma alternativa de longo prazo à Portela e por poder ser construído de forma evolutiva.
Acontece que, o Governo estará obrigado, pelo acordo com a troika, a optar por uma infra-estrutura já existente, certamente para reduzir os custos. E nesse caso Sintra e Montijo aparecem como as soluções mais fortes.
É o triunfo da solução “Portela + 1”, como desde início foi defendido por muitos, e que sempre foi contestada pela ANA, invocando os sobrecustos que decorrerão da duplicação de estruturas na zona de Lisboa.
O “+1” destinar-se-á, em princípio, às operações das companhias “low cost”. A easyJet, que está a criar uma base de operações em Lisboa, será o primeiro inquilino mais provável. Mas também para ali poderá seguir a Ryanair, que continua apostada em operar para a capital.
De fora dos planos, ao que tudo indica, continuará o aproveitamento da base militar de Figo Maduro, bem no interior do perímetro da Portela. Uma solução há muito defendida por quantos operam em Lisboa, mas que nem a “troika” conseguirá impor…