A partir das zero horas de 2020, mais 468 quilómetros de auto-estradas espanholas deixam de ter portagens, com as economias daí decorrentes para os transportadores.
Em causa estão a AP4, entre Sevilha e Cádiz, numa distância de 93,8 quilómetros, e a AP7 entre Tarragona, Valência e Alicante, num total de 373,8 km. O fim da cobrança de portagens coincide com o termo dos contratos de concessão, até aqui detidos pela Abertis, e que o Estado optou por não prolongar.
Com o fim das portagens, os veículos pesados deixam de pagar 12,89 euros de portagem na AP4 e até 62,8 euros no caso da AP7.
Em Dezembro do ano passado, a AP1, entre Burgos e Armiñon (Álava), até aí concessionada à Itinere, foi a primeira a deixar de ter portagens.
Com o fim das concessões, a exploração das vias e a sua manutenção passam para a responsabilidade do Estado e os custos inerentes a ser suportados pelo erário público.
Os planos iniciais do Executivo espanhol, anunciados em meados de 2018, previam o fim de todas as portagens à medida que as concessões existentes fossem terminando. As próximas serão a AP7 entre Saragoça e o Mediterrâneo, a AP7 entre Montmeló e El Papiol e a AP2 entre Tarragona e La Jonquera. Todas a 31 de Agosto de 2021.
No entretanto, o Estado espanhol resgatou várias auto-estradas, nomeadamente as quatro radiais de Madrid, num total de 684 quilómetros, em resultado da falência das suas concessionárias. Aí manteve as portagens, mas reduziu o seu valor.