O Plano Estratégico de Impulso do Transporte Ferroviário de Mercadorias apresentado pelo ministro do Fomento espanhol prevê investimentos de 7,5 mil milhões de euros até 2020.
As infra-estruturas ferroviárias propriamente ditas receberão 2,48 mil milhões de euros; as ligações aos portos 1,8 mil milhões; os terminais e plataformas logísticas 2,5 mil milhões e a FEVE 312 milhões de euros.
José Blanco, ministro do Fomento, que apresentou o plano, avançou que estão em curso investimentos de 1,8 mil milhões de euros para favorecer o transporte ferroviário de mercadorias, dos quais mais de 400 milhões já se enquadram no plano.
O ministro espanhol avançou ainda que até ao final do ano deverão ser licitadas obras que visam permitir a circulação de comboios de mercadorias de até 750 metros em vários corredores logísticos de uma rede que será desenvolvida a par do desenvolvimento da rede de Alta Velocidade e em conexão com os portos e os terminais/plataformas logísticas prioritizados pelas comunidades autónomas.
O objectivo do plano agora apresentado é duplicar a quota de mercado da ferrovia no transporte de mercadorias, medida toneladas, dos actuais 4,1% (um dos valores mais baixos na Europa) para 8%-10% em 2020. Então, a ferrovia transportará entre 77 e 100 milhões de toneladas/ano, entre um cenário mínimo e outro optimista.
O governo espanhol espera que em 2013 a ferrovia recupere os volumes transportados em 2003, o melhor ano de sempre.
O investimento previsto será suportado em perto de 69% pelas entidades públicas (governo central e autonomias), ficando os restantes 2,4 mil milhões de euros a cargo de entidades privadas, seja através da participação em sociedades mistas para a promoção/gestão de terminais, seja mediante a criação da PPP. Nos terminais, a participação privada elevar-se-á a 40% dos 2,5 mil milhões de euros previstos.