O governo de Madrid aposta em fechar em Novembro a concessão dos aeroportos de Madrid-Barajas e Barcelona-El Prat, independentemente das eleições legislativas que ocorrerão a 20 desse mês.
O Partido Popular, provável vencedor do acto eleitoral, propôs que a decisão do processo de concessão só fosse tomada pelo governo saído das eleições. Na resposta, o ministro José Blanco reafirmou os prazos, dizendo que o Executivo não consentirá que se questione “um processo transparente, regulado, aberto e com um calendário pré-estabelecido”.
Em causa está a privatização de até 90% do capital das gestoras dos aeroportos de Madrid e Barcelona, que deverá render aos cofres espanhóis um encaixe imediato mínimo de 5,3 mil milhões de euros.
Na corrida estão vários consórcios, que integram, entre outros, a Ferrovial, a Aeroports de Paris, a Acciona, a Abertis ou a FCC.
Os interessados têm até ao final do mês corrente para apresentarem as suas propostas. Para as prepararem, representantes dos consórcios visitaram na passada semana os dois aeroportos, tendo mantido reuniões prolongadas com responsáveis da Aena e os seus assessores na operação, para se inteirarem da realidade de cada um dos negócios.
A decisão dos vencedores será anunciada em Novembro.
A concessão será feita por um período de 20 anos, prorrogável por mais cinco. A cada ano, o concessionário terá de pagar uma renda mínima de 20% do volume de negócios. Os dois aeroportos terão de ser controlados por concessionários diferentes.
A Aena manterá uma posição de 10% no capital das futuras concessionárias.