Os futuros concessionários de Madrid-Barajas e Barcelona-El Prat deverão assumir o controlo pleno dos dois maiores aeroportos espanhóis na Primavera do próximo ano. Já a privatização de 49% da Aena ainda não tem um calendário definido.
Os interessados em ficar com Barajas terão de pagar “à cabeça” um mínimo de 3,7 mil milhões de euros. A que acrescerá uma renda anual de 20% das receitas, num mínimo de 150 milhões de euros em 2012, ou três mil milhões de euros, a preços fixos, ao longo da concessão.
No caso dos interessados no El Prat, o pagamento mínimo inicial é de 1,6 mil milhões de euros, sendo a renda para 2012 fixada em 80 milhões de euros (1,6 mil milhões ao longo de toda a concessão).
Em ambos os casos a concessão será feita por um período de 20 anos, prorrogável por mais cinco. Uma cedência do Governo, que inicialmente apontava para um prazo de 15 anos.
Os futuros concessionários deterão na prática apenas 90,05% da concessão em cada aeroporto, ficando o restante nas mãos da Aena.
Os concursos serão lançados no próximo dia 30. Os vencedores deverão ser conhecidos em Novembro. Haverá um período transitório de três meses após o que a gestão dos dois aeroportos passará exclusivamente para as mãos dos privados.
Ao mesmo tempo o governo de Zapatero aprovou a privatização de até 49% do capital da Aena Aeroportos. O calendário e as modalidades serão aquelas que garantirem o maior encaixe. Há alguns meses, Madrid avaliou aquela posição em 8,9 mil milhões de euros (ou 2,7 mil milhões limpos de passivo).
A título de curiosidade, note-se que as concessões de Barajas e El Prat deverão representar para os cofres de Madrid um encaixe imediato equivalente a sensivelmente metade do que Lisboa espera embolsar com o programa de privatizações acordado com a “troika”.