O governo espanhol e a Adif criaram um grupo de trabalho para definir uma estratégia global de exploração da rede ferroviária, em função da bitola.
O grupo de trabalho, agora anunciado em comunicado pela Adif, deverá avaliar a rede, em função da bitola, por corredores, considerando os tráfegos existentes e as necessidades futuras projectadas pelos especialistas e pelos agentes económicos.
Nas últimas décadas, Espanha tem investido no desenvolvimento de uma rede de Alta Velocidade, de bitola europeia, que coexiste com a rede convencional, de bitola ibérica.
Para definir a nova estratégia de exploração da rede, com especial enfoque no transporte de mercadorias, governo e Adif propõem-se ouvir as posições de um vasto grupo de players, desde logo os operadores ferroviários, as administrações portuárias, os operadores de terminais, carregadores, principais clientes da ferrovia, etc..
A ideia de uma migração total da rede, da bitola ibérica para a UIC, foi por várias vezes anunciada, mas não concretizada.
Agora, a estratégia parece ser avaliar, caso a caso, corredor a corredor, qual será a melhor solução (na prática, manter a bitola ibérica ou migrar para a bitola europeia) para o transporte de mercadorias, para ter isso em conta no momento de projectar novas linhas ou a modernização das existentes.