A ESPO apelou à União Europeia e aos Estados-membros para disponibilizarem aos portos medidas de alívio financeiro assim que a crise de Covid-19 diminuir.
A ESPO salienta que os portos europeus conseguiram permanecer abertos e manter as actividades durante a crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, garantindo o abastecimento de bens essenciais. A entidade sublinha, porém, que os portos não foram poupados ao enorme impacto económico devido à queda nos volumes de carga e passageiros em resultado de interrupções provocadas pela pandemia na cadeia de abastecimento.
“Em crises passadas, os portos provaram ser um sector muito resiliente, capaz de recuperar rapidamente. Uma condição importante para essa recuperação é garantir a viabilidade financeira de curto prazo do sector marítimo e das companhias mais afectadas no porto. Todos os portos europeus devem ser considerados para essas medidas, independentemente do seu estatuto na RTE-T”, indicam desde a ESPO.
A organização também pede apoio financeiro para projectos de infra-estruturas nos portos, com foco na descarbonização, modernização e conectividade com o hinterland. Especial atenção deve ser dada aos portos com tráfego de passageiros e actividades relacionadas com turismo, com medidas destinadas a aumentar a confiança na sustentabilidade e segurança do tráfego de passageiros e cruzeiros, acrescenta.
Planos de contingência têm funcionado
“Em todos os portos da Europa, é, agora, realmente necessário manter a operação para que cumpram o seu papel essencial e crítico na cadeia de abastecimento. Os planos de contingência estão a funcionar bem”, indica, no comunicado, a secretária-geral da ESPO, Isabelle Ryckbost.
“Agora é importante haver preparação para o que vem depois da crise. O ecossistema portuário está a enfrentar impactos económicos sérios, mas os portos provaram ser resilientes no passado. Para recuperarem o atraso rapidamente, quando a crise da saúde estiver sob controlo, e desempenharem o seu papel como motor de crescimento na recuperação económica da Europa, é importante que os portos e as empresas afectadas nos portos sejam apoiados quando e onde necessário”, acrescenta.