A concessão da exploração dos lugares de estacionamento do aeroporto londrino de Gatwick representa um negócio de cerca de 70 milhões de euros para a Empark.
Tal como o TRANSPORTES & NEGOCIOS noticiou em primeira mão, a portuguesa Empark, através da Empark UK, foi a vencedora do concurso para a exploração dos 41 mil lugares de estacionamento do aeroporto de Gatwick.
Agora ficou a saber-se que o contrato é válido por cinco anos, com possibilidade de prolongamento por mais dois. E representa um negócio de cerca de 70 milhões de euros.
Em declarações à “Lusa”, o diretor geral da Empark Portugal, Paulo Nabais, explicou que este novo contrato é “muito importante”, e vem quase duplicar o tamanho das operações britânicas da Empark, tendo o número de espaços concessionados aumentado para mais de 80 000 lugares.
Além de Gatwick, a Empark gere o estacionamento nos aeroportos de Stansted e de Edimburgo. Juntem-se-lhe 64 mil lugares de estacionamentos de aeroportos da AENA em Espanha e os 10 mil lugares dos aeroportos da ANA, e a Empark assume-se como “uma referência mundial neste tipo de parqueamento”.
A Empark foi escolhida após “um processo de concurso internacional exaustivo”, que valorizou a necessidade de um serviço de qualidade para melhorar a experiência do passageiro, bem como a capacidade de se adaptar e expandir o serviço, acompanhando o crescimento do aeroporto.
A vitória em Gatwick acontece num momento em que estará iminente a venda da Empark à francesa Vinci Park, controlada pela capital de risco Ardian. O negócio rondará os 900 milhões de euros (incluindo 500 milhões de dívida).
A Empark é controlada pela A. Silva & Silva (50,3%) e tem entre os seus accionistas a ES Concessions International Holding (22,2%) e a Espirito Santo Infrastructure Fund (com 8,3%).
A Empark, que ganhou dimensão internacional quando comprou a Cintra Aparcamientos, gere mais de meio milhão de lugares de estacionamento – em parques e na via pública – em Portugal, Espanha, Andorra, Reino Unido, Polónia e Turquia.