O Estado português já detém, directa e indirectamente, 97,8% do capital social da TAP, SA, de acordo com a informação divulgada pela companhia a propósito dos resultados trimestrais.
O reforço da posição do Estado para muito perto dos 100% da TAP decorreu da injecção na companhia de 462 milhões de euros, em jeito de compensação pelas perdas decorrentes da pandemia de Covid-19.
A ajuda estatal foi aprovada pela Comissão Europeia e realizou-se através de um aumento da capital da TAP, S.A. subscrito integralmente pela Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), que assim passou a controlar 92% do capital da companhia aérea.
A TAP, SGPS, que até aqui detinha 100% da TAP, S.A., viu, assim, a sua posição reduzida para 8% do capital da transportadora.
O Estado detém 72,5% da holding (na sequência da saída de David Neeleman), através da Parpública e da DGTF, que agora “valem” 5,8% da TAP, S.A.. Humberto Pedrosa mantém os seus 22,5%, mas agora isso só representa 1,8% da companhia. E os trabalhadores, que têm 5% da holding, têm agora 0,4% do capital da empresa.
A possibilidade de o Estado ficar com 100% da companhia de bandeira está prevista no plano de reestruturação apresentado em Bruxelas. E, como se vê, falta pouco para lá chegar.