O Estado prepara-se para realizar uma operação harmónio na TAP, SGPS para reduzir dívida, após o que ficará com 100% do capital da holding.
A TAP, SGPS convocou uma assembleia de accionistas para o próximo 11 de Novembro para votar um aumento de capital social, com posterior redução e novo aumento, com o que reduzirá a dívida da empresa e passará a deter 100% da sociedade. avança o “Jornal de Negócios”.
A operação harmónio traduzir-se-á, num primeiro momento, num aumento de capital, dos actuais 15 milhões de euros para 239 093 530 euros, “por entrada em espécie, com a conversão das prestações acessórias na TAP, SGPS de que é titular a República Portuguesa, representada pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças”, refere a convocatória.
Num segundo momento, será votada uma redução do capital de 239 093 530 euros, ou seja, a zero, “destinada à cobertura parcial de prejuízos da sociedade”, condicionada à imediata aprovação de um novo aumento de capital social, em dez milhões de euros, em dinheiro, a subscrever pela Direcção-Geral do Tesouro e Finanças, no montante de 9,9 milhões de euros, e pela Parpública nos restantes 100 mil euros.
Em consequência, a TAP, SPGS passará a ser detida a 100% pelo Estado. E consumar-se-á a saída da holding de Humberto Pedrosa e dos trabalhadores da companhia. Aliás, o líder do Grupo Barraqueiro, que entrou para a TAP David Neeleman, aquando da privatização da companhia, já terá transmitido as suas acções para a Direcção-Geral do Tesouro e Finanças no final do ano passado.
Actualmente, a TAP, SGPS apenas detém 100% da Portugália (que passará para a TAP, SA), 43,5% da Groundforce e 100% da TAPGER.
Em 2020, último ano de que se conhece o relatório e contas, a TAP, SGPS apresentou um prejuízo de 1 546,9 milhões de euros.