O contrato de privatização da TAP será assinado no próximo dia 24. O Estado receberá, afinal, 16 milhões de euros, anunciou o ministro da Economia.
O ministro da Economia assegurou, esta terça-feira, que o consórcio vencedor da privatização da TAP irá colocar na empresa até ao final de 2016 um mínimo de 354 milhões de euros.
“O consórcio vencedor comprometeu-se e vai colocar na empresa até ao final de 2016 um mínimo de 338 milhões de euros, a que se somarão mais 16 milhões de euros de mínimo também recebido pelo Estado português”, afirmou António Pires de Lima, em declarações aos jornalistas em Sófia, na Bulgária.
O ministro não explicou a razão de o Estado receber 16 milhões, mais seis milhões do que o número que tem vindo a públicas e que tantas críticas tem gerado.
Confrontado com a possibilidade de serem vendidos ativos da transportadora aérea nacional, Pires de Lima lembrou que o caderno de encargos foi publicado no seu devido tempo e haverá uma injecção de “354 milhões, no mínimo”.
“Há 338 milhões de euros de capital próprio do consórcio, mais 16 que são entregues ao Estado, 354 milhões de ‘cash’, de dinheiro. Os 354 milhões de euros são dinheiro do consórcio, 338 milhões de euros para capitalizar a empresa, 16 milhões de euros como mínimo para o Estado. Este dinheiro pode crescer até cerca de 490 milhões de euros”, referiu, sublinhando que “é normal que a futura gestão da TAP venha a adoptar as medidas tidas como convenientes para melhorar a tesouraria da empresa”.
Notícias vindas a público dão conta que o consórcio integrado por Humberto Pedrosa e David Neeleman estará a ponderar fazer uma operação de “leaseback” (venda e aluguer) de alguns aviões para realizar dinheiro. Outras falam na possibilidade da cedência da posição na compra dos A350, ou na troca daqueles aparelhos por outros mais pequenos e mais baratos, sempre com o objectivo de dar folga à tesouraria.
Algumas dessas dúvidas serão talvez esclarecidas depois da assinatura do contrato, o que está agendado para o próximo dia 24, às 15 horas, anunciou o ministro.