A TAP é uma companhia que desperta interesse no meio, mas este “talvez não seja o momento melhor” para avançar com a privatização, defende o presidente da empresa.
Em entrevista ao brasileiro “Folha de São Paulo”, Fernando Pinto sublinhou que a companhia tem tido “bons resultados, crescentes, tem baixos custos, é uma companhia aérea que traz interesse a outras companhias europeias”.
“Se a privatização não aconteceu, não é porque a TAP não é atractiva, é porque há uma dificuldade de mercado de momento, embora várias empresas tenham manifestado interesse”, reforçou.
O calendário da privatização “depende de uma decisão do governo português, que está avaliando o melhor momento do mercado para decidir” mas, concedeu Fernando Pinto, em linha com o Executivo, “talvez não seja o melhor momento para a privatização acontecer”.
O Governo insiste em que a privatização da TAP só avançará quando houver condições de mercado, nomeadamente vários interessados dispostos a pagar um preço justiço pela companhia. O Executivo pediu entretanto uma nova avaliação da TAP, considerando que a empresa se terá valorizado no último ano.
A pesar na avaliação estará também a dívida da empresa, que Fernando Pinto estima ter ficado nos 800 milhões de euros no final do último exercício.