Os estivadores do porto de Lisboa decidiram prolongar e agravar a greve iniciada quarta-feira, com uma paralisação total entre 9 e 30 de Março.
Reunidos em plenário convocado pelo SEAL, os estivadores do porto de Lisboa aprovaram hoje a realização de mais três semanas de greve, mas agora durante todo o tempo e abrangendo todas as empresas de estiva. O plenário foi convocado na passada terça-feira, ainda antes do arranque da paralisação e já com o objectivo de a agravar, mas a decisão foi ainda precipitada pelo anúncio do pedido de insolvência da A-ETPL.
No comunicado emitido com o novo pré-aviso de greve, o SEAL acrescenta aos fundamentos já conhecidos “o facto de que, nas primeiras 12 horas de greve, actualmente em curso, as empresa do Grupo ETE comunicaram aos seus trabalhadores, nossos associados, bem como a alguns trabalhadores da AETPL, a elas afectos, que já teriam formalizado a criação de uma nova empresa de trabalho portuário para Lisboa e que iriam (…) aprovar o pedido de insolvência da AETPL em sintonia com as intenções anteriormente expressas pelas restantes empresas de estiva de Lisboa”.
E, de facto, ontem mesmo a A-ETPL anunciou, em comunicado, a decisão de “pedir a insolvência da Associação, face à situação financeira em que esta se encontra, e face à impossibilidade de encontrar soluções para a sua viabilização com o Sindicato representante dos trabalhadores”.
Até 9 de Março mantém-se a greve dos estivadores tal como anteriormente anunciada, isto é, até dia 28, inclusive, apenas haverá laboração durante o segundo turno (17-20 e 21-24 horas) aos dias úteis. Depois e até às 8 horas do dia 9, a paralisação será total. Mas esta paralisação apenas afectará a laboração das empresas do Grupo Yilport e TMB.
Ministro Pedro Nuno Santos continue a dar “palmadinhas nas costas” da SEAL para ir fechando o porto de Lisboa, esta gente já devia estar toda presa, vergonha nacional