Os estivadores do porto de Roterdão associados do FNV Havens entrarão em greve no início de 2016, em protesto contra a perda de postos de trabalho que resultará da automatização dos terminais de contentores.
Reunidos em plenário, os estivadores recusaram, “quase por unanimidade”, a mais recente proposta dos operadores portuários.
Os trabalhadores portuários reclamam a garantia dos postos de trabalho até 2022 (o prazo inicial era 2025). E sustentam que a entrada em funcionamento de dois terminais automáticos coloca em risco 800 postos de trabalho. Os operadores propuseram manter os empregos até 1 de Julho de 2020.
“Os que decidiram aumentar a capacidade e construir terminais automatizados devem suportar os custos sociais das suas escolhas”, afirmou, citado nos media internacionais, um dirigente do FNV Haven.
“Há muitos anos que avisamos para os perigos dos projectos de expansão e de automatização [dos terminais de contentores], mas a autoridade portuária [de Roterdão] sempre recusou envolver-se no diálogo”, acrescentou Niek Stam.
[A potencial perda de 800 postos de trabalho] “não é justa nem sustentável e os trabalhadores não estão dispostos a pagar os custos de opções empresariais desadequadas”, reforçou o dirigente sindical.
As negociações entre operadores e representantes dos trabalhadores iniciaram-se em Abril passado. Até ao momento sem resultado. Agora os trabalhadores apresentaram um ultimato que vigora até 6 de Janeiro.