ILA e USMX, em representação dos estivadores e dos operadores portuários, chegaram a um acordo de princípio sobre um novo contrato de seis anos, afastando o regresso das greves aos portos da Costa Leste dos EUA e do Golfo.
Foi, afinal, rápido o acordo entre estivadores e operadores portuários nos EUA. As negociações sobre um novo contrato foram retomadas na passada terça-feira e ontem à noite a Associação Internacional de Estivadores (ILA. na sigla em Inglês) e a Aliança Marítima dos Estados Unidos (USMX) anunciaram um princípio de acordo.
O acordo terá sido facilitado por contactos prévios anteriores, pelo apoio dos presidentes Joe Biden e Donald Trump à causa dos estivadores e, claro, pela urgência em evitar o regresso das greves aos portos do Golfo e da Costa Leste dos EUA anunciado para o próximo dia 15 e que prometia lançar o caos nas cadeias logísticas.
“Temos o prazer de anunciar que a ILA e a USMX chegaram a um acordo provisório sobre um novo Contrato Global de seis anos, sujeito a ratificação, evitando assim qualquer paralisação de trabalho em 15 de janeiro de 2025”, disseram os dois lados numa declaração conjunta.
“Este acordo protege os empregos actuais da ILA e estabelece uma estrutura para implementar tecnologias que criarão mais empregos ao mesmo tempo que modernizarão os portos da Costa Leste e do Golfo, tornando-os mais seguros e eficientes, e criando a capacidade necessária para manter as cadeias de abastecimento robustas”, acrescentaram.
“Este é um acordo win-win, que cria empregos na ILA, apoia os consumidores e as empresas norte-americanas e mantém a economia americana como o principal centro do mercado global”, reforçaram.
Os termos do acordo permanecem sigilosos até serem ratificados pelas duas partes. Até lá manter-se-á em vigor o actual contrato, negociado em Outubro, na sequência de uma greve de três dias dos estivadores.
Interessante será conhecer o que ficou acordado quanto à automatização dos terminais, considerada imprescindível pelos operadores para manter a sua competitividade.