O processo de concessão dos silos da Silopor em Lisboa estará agora mais perto do seu termo, depois de a comissão de liquidação da empresa ter confirmado a escolha do Grupo ETE e o afastamento da Mota-Engil. Mas há ainda um outro processo em tribunal.
Segundo avança o “DE” de hoje, a comissão de acompanhamento do processo de concessão terá reavaliado toda a documentação apresentada por aqueles dois candidatos, e confirmado que a proposta do Grupo ETE é a melhor e que o consórcio da Mota-Engil.
A diligência foi determinada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto, que julgou uma acção interposta pela Mota- Engil, que contestava o seu afastamento do processo de concessão, por alegadamente ter ligações accionistas e administradores comuns com a TMB, que também esteve na corrida à Silopor.
O Grupo ETE apresentou, de longe, a melhor proposta para os cofres do Estado, de entre todos os candidatos, tendo oferecido pela concessão um total de 165 milhões de euros, entre 40 milhões de euros pagos “à cabeça” e 125 milhões de rendas fixas e variáveis.
O processo arrasta-se há anos, sendo múltiplos os incidentes que têm sido levantados pelos vários candidatos. E se o caso do recurso da Mota-Engil parece agora resolvido, ainda haverá para decidir a intenção da Ership, candidato afastado logo na primeira fase, de ver reavaliadas todas as candidaturas.
O interesse da concessão dos silos da Silopor em Lisboa é óbvio: por eles passa a maior fatia dos cereais importados por Portugal. Uma posição que nos últimos tempos tem sido abalada pelas greves dos estivadores em Lisboa.