O negócio foi notificado à Autoridade da Concorrência (AdC) e por ela divulgada em comunicado. A operação já era esperada depois de a AdC ter decidido que a GS Marítima (Grupo Sousa) teria de vender os 50% que detinha na TSA para poder adquirir 50% da Sotagus, concessionária do Terminal de Contentores de Santa Apolónia.
O “remédio” imposto pela Concorrência tratou de evitar possíveis “impactos concorrenciais de natureza horizontal e de natureza vertical”, nomeadamente pelo “facto de dois terminais concorrentes no porto de Lisboa, o Terminal Multipurpose de Lisboa e o Terminal de Contentores de Santa Apolónia, passarem a ser controlados pelo Grupo Sousa, em conjunto com o Grupo ETE e com a Yilport, respectivamente”, anunciou.
Na mesma altura, a AdC impôs que a Yilport e o Grupo Suusa terão de “garantir que as condições aplicadas aos concorrentes – actuais ou potenciais – do Grupo Sousa no transporte marítimo de carga entre Lisboa e as regiões autónomas da Madeira e dos Açores não sairão deterioradas, face às condições tarifárias aplicáveis ao Grupo Sousa”.
O acordo para a entrada do Grupo Sousa na Sotagus foi anunciado em Janeiro do ano passado. Em Junho, a Autoridade da Concorrência decidiu avançar com uma investigação aprofundada. Em Dezembro foram concedidas as condições impostas pela Concorrência para autorizar o negócio.