O Grupo ETE apresentou hoje o “Baía do Seixal”, um rebocador-empurrador construído a pensar no desenvolvimento do tráfego fluvial de mercadorias no Tejo e com os olhos postos no futuro cais de Castanheira do Ribatejo.
O “Baía do Seixal” representa um investimento de dois milhões de euros. Foi construído dentro de portas, nos estaleiros da Navaltagus, que integra o Grupo ETE (desde 1990 que não se construíam rebocadores no estuário do Tejo). Com um baixo calado (2,38 metros), comprimento reduzido (16,5 metros) mas elevada potência (16 toneladas de tracção), a nova embarcação será capaz de operar em zonas do Tejo até aqui inacessíveis.
Amiga do ambiente, a nova embarcação está preparada para operar a gás natural. E cada barcaça que pode rebocar-empurrar pode transportar o equivalente a 70 camiões.
Com o “Baía do Seixal”, o Grupo ETE pretende cimentar a sua posição de liderança no tráfego fluvial de mercadorias (com cerca de dois milhões de toneladas movimentadas anualmente) e favorecer – e tirar partido – o desenvolvimento da actividade no Tejo, em complemento aos terminais do porto de Lisboa.
Cais de Castanheira do Ribatejo é para avançar
A empresa continua apostada em desenvolver um cais para a movimentação de mercadorias em Castanheira do Ribatejo, paredes meias com a plataforma logística de Lisboa Norte.
O projecto da Companhia do Porto de Castanheiro (constituída em Junho de 2011) assenta no transporte fluvial de contentores e outras mercadorias, entre os terminais do porto de Lisboa (ou navios fundeados ao largo) e a plataforma logística, em ambos os sentidos, com isso desafogando os terminais e as acessibilidades terrestres.
As projecções apontam para a retirada de cerca de 250 camiões/dia das estradas, podendo chegar-se aos 750 veículos.
Note-se que já em 2010, e complementarmente ao projecto de expansão do terminal de contentores de Alcântara, a Administração do Porto de Lisboa desenvolveu um estudo que apontava para as virtualidades da navegação fluvial entre o porto e a plataforma logística de Castanheira do Ribatejo, como alternativa ao modo rodoviário (e mesmo ferroviário) para a transferência de cargas com origem/destino a Norte da capital.
As obras de construção do porto de Castanheira do Ribatejo já estiveram previstas para 2013. Agora, o Estudo de Impacte Ambiental está em apreciação na Agência Portuguesa do Ambiente.