Os EUA ponderam financiar com 250 milhões de dólares o Corredor do Lobito, em Angola, no âmbito da Parceria para Infraestruturas e Investimentos Globais em países de baixo e médio rendimento.
Num comunicado divulgado no passado sábado, a Presidência norte-americana disse que o financiamento do Corredor do Lobito seria feito através da agência governamental US International Development Finance Corporation (DFC, na sigla em inglês).
O Corredor do Lobito foi concessionado em Outubro do ano passado ao consórcio Trafigura / Vecturis / Mota-Engil. O contrato prevê que o concessionário invista acima de 256 milhões de dólares em infra-estruturas, 73,3 milhões de dólares em equipamentos e material circulante e um valor adicional de 4,3 milhões de dólares em actividades diversas.
O projecto do Lobito é “o primeiro passo para ligar e desenvolver a actividade comercial e económica de Angola à RDC [República Democrática do Congo] que pode ajudar a promover maiores investimentos na agricultura, infra-estrutura digital e acesso alargado à electricidade”, afirmou a Casa Branca.Os EUA estão “a procurar activamente oportunidades adicionais para ligar os investimentos iniciais do Corredor do Lobito através do continente, à Tanzânia e, finalmente, ao oceano Índico”, referiu o comunicado.
O Corredor do Lobito compreende o Caminho-de-ferro de Benguela, com mais de 1 200 quilómetros, que liga as províncias de Benguela, Huambo, Bié e Moxico, e o porto do Lobito, e constitui a rota de exportação mais rápida para o cobre, cobalto e outros minérios de países vizinhos como a Zâmbia e a República Democrática do Congo.
A Parceria para Infraestruturas e Investimentos Globais em países de baixo e médio rendimento foi lançada pelo presidente norte-americano, Joe Biden, e pelo G7.