“Chegou a hora de acabar o trabalho”, defende o congressista norte-americano Edward Markey, o mesmo que em 2007 propôs a scanarização de todas as cargas de porão dos aviões de passageiros.
Markey defende agora que a regra dos “100% screening” seja alargada a todas as cargas transportadas nos aviões cargueiros. E justifica: “os incidentes do fim de semana demonstram que a Al Qaeda está bem consciente de que o sistema tem uma falha, a scanarização incompleta das cargas, e que pretende aproveitar-se dela”.
Por isso, acrescentou citado pelas agências noticiosas, “penso apresentar uma proposta de lei que colmata essa falha, assim o Congresso volte a reunir” (na sequência das últimas eleições).
A scanarização de toda a carga dos porões dos aviões de passageiros nos EUA foi proposta em 2007 mas só entrou em vigor em 1 de Agosto passado. A medida gerou grande controvérsia (por causa dos custos associados e dos atrasos previstos na movimentação das cargas), mas o facto é que não se verificaram problemas de maior.
Quem não está de acordo com a intenção de Edward Markey são os carregadores. Para quem a imposição de medidas de segurança draconianas pode paralisar a indústria da carga aérea, com consequências a montante e a jusante. Na prática, indo mais longe, e pior, do que os próprios terroristas conseguiriam.
Também a associação das companhias aéreas da Ásia-Pacífico já veio a público aconselhar as autoridades a não se precipitarem na tomada de medidas se segurança “inapropriadas”.